Marfim Barberini

Marfim Barberini
Marfim Barberini
Autor Desconhecido
Data 525
Técnica marfim
Dimensões 34,2 centímetro
Localização Sala 501 do Museu do Louvre

O Marfim Barberini ou Díptico Barberini é uma peça de arte bizantina datada dos últimos anos da Antiguidade Tardia ou início da Idade Média que atualmente faz parte do acervo do Museu do Louvre, em Paris. Trata-se de um díptico imperial constituído por uma placa de marfim com quatro painéis esculpidos no estilo classicizante conhecido como estilo teodosiano tardio, representando um imperador bizantino triunfante.[1]

A obra é geralmente datada da primeira metade do século VI e atribuída a uma oficina imperial de Constantinopla, representando provavelmente Justiniano (r. 527–565), embora possivelmente possa ser Anastácio I (r. 491–518) ou ainda mesmo Zenão (r. 474–475; 476–491). É um documento histórico notável por estar ligado à rainha Brunilda da Austrásia (c. 550–613). Na parte traseira tem uma lista de nomes de reis francos, todos parentes de Brunilda, indicando a importância da posição das rainhas nas famílias reais francas. Brunilda encomendou a lista para a oferecer à igreja como uma imagem votiva.

A peça apresenta tem muitas das caraterísticas dos dípticos consulares nos esquemas decorativos, embora não seja um. O imperador é acompanhado no painel principal por um bárbaro conquistado que enverga umas calças à esquerda, uma figura alegórica agachada, que provavelmente representa território conquistado ou reconquistado e que segura o pé do imperador em sinal de agradecimento ou submissão, além de uma anjo ou Vitória que coroa o imperador com a tradicional palma de vitória (a qual já não existe atualmente). Apesar do bárbaro estar parcialmente escondido pela enorme lança do imperador, esta não o trespassa, e ele parece mais atónito e profundamente reverente do que combativo. Por cima, Cristo com um penteado em moda na época, com caracóis, é flanqueado por mais dois anjos com estilo das figuras de vitória pagãs; ele reina acima, enquanto o imperador o representa em baixo, na Terra. No painel do fundo, bárbaros do Ocidente (à esquerda, de calças) e do Oriente (à direita, com presas de marfim, um tigre e um pequeno elefante) trazem tributos, que incluem animais selvagens. A figura do painel à esquerda, não aparenta ser um santo mas sim um soldado, segura uma estatueta da Vitória; o seu homólogo do lado direito perdeu-se.

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